quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

A vida é tãããão rara ^^

Paciência
Lenine
Composição: Lenine e Dudu Falcão


Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não pára...

Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...

Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...

O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...

Será que é tempo
Que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo
Prá perder?

E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...


Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára
A vida não pára não...

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára
A vida não pára não...

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Lenine

A Medida Da Paixão
Lenine
Composição: Lenine/dudu Falção

É como se a gente
Não soubesse
Prá que lado foi a vida
Por que tanta solidão?
E não é a dor
Que me entristece
É não ter uma saída
Nem medida na paixão...

Foi!
O amor se foi perdido
Foi tão distraído
Que nem me avisou
Foi!
O amor se foi calado
Tão desesperado
Que me machucou...

É como se a gente
Pressentisse
Tudo que o amor não disse
Diz agora essa aflição
E ficou o cheiro pelo ar
Ficou o medo de ficar
Vazio demais meu coração...

Foi!
O amor se foi perdido
Foi tão distraído
Que nem me avisou
Nem me avisou!
Foi!
O amor se foi calado
Tão desesperado
Que me maltratou...

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Texto lindo

Ao Deus da minha vida
Ricardo Gondim


Acolheste-me em tua hospedaria. Porque fui alvo de tua deferência, cuidam do meu corpo moído. Ressoam as canduras que me segredaste enquanto caminhamos. Não preciso mortificar a minha mente exausta. Não tenho que quitar dívida. Cego para a minha vilania, és magnânimo. Delicado com o meu passado, mostras o tamanho de tua discrição.

Sem relutar, achega-te. Mesmo com muitas alternativas, decides ajudar-me a florescer. Não medes esforços para te revelares. Nunca te esquivas de meu olhar suplicante. Continuas a falar-me através dos violinos, das flautas, dos realejos. Percebo a tua simpatia no sorriso das crianças. Moras no absoluto silêncio, mas nunca me deixas sem intuir a tua presença.

Sinto o teu fôlego na brisa. Noto o teu luto no sol que se desmancha em trevas todas as tardes. Percebo tua companhia em meus desassossegos insones. Escutei-te na derradeira e trágica hora em que me despedi de minha mãe. Não, não reclamo que te mantenhas abscondito.

Porque és manso e humilde, encontro descanso para a minha alma. Caminhas comigo uma segunda milha. Perco a conta dos teus perdões. Aceitas meu perfume sobre a tua cabeça. Sem rotas, te elejo o caminho. Sem certezas, faço de nosso relacionamento a verdade. Sem neurose ou fantasia, considero-te o meu modelo de vida.

Transformas meu resguardo em audácia; meu arrojo, em cautela; meu atrevimento, em circunspeção; minha timidez, em fibra. Animaste o meu cotidiano. Estimulas o meu enfado. Pacificas a minha afoiteza. Eu, fujão, aprendo resiliência contigo. Trêmulo, encaro os dias maus porque me vestes com a tua armadura. Apesar de petrificado com temores infantis, tua compaixão me constrange a continuar.

Em ti cabem todos os elogios: esplêndido, nobre, sublime, majestático. Abano palmas, grito aleluias, quero que o mundo saiba que és notável. Auréolas, halos, fumos, vivas, tornam o entorno de teu trono o espaço mais sagrado do universo. Tu não constas em hierarquias; não cabes em definições; transbordas os limites.

Meu ser se agita e minha língua trepida, só de pensar que sou alvo de teu interesse. Despertas o meu fervor. Aqueces a minha pele. Condimentas a minha alegria.

Plácido, lembro que és amor. Seguro, busco refazer-me. Já não temo rancores teus. Mesmo inadequado, recebi o anel da tua fidalguia. Ilustro o meu brasão com a tua boa vontade. Todas as medalhas que carrego no peito provam a tua concórdia.

Tabernaculaste em mim. Meu coração é a tua tenda, meus pés, as tuas passadas e as minhas mãos, o teu toque. Resta-me sussurrar: Muito obrigado!


quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

A falta faz uma falta, né?!

Sinto falta. Acostumei-me sempre a ter alguém por perto...não ter quem eu abrace, cuide, queira o maior bem do mundo me faz uma falta imensa. A letra é linda ...'e a vida lá fora tá chamando agora'...
Jay Vaquer
Outra vez, as coisas ficam fora do lugar
quando então, começo a me sentir em casa...

E se o desejo é uma desordem
um "mãos ao alto, fique onde está!"
sem alarde me recolho,
escolho me calar

E nada vai desmerecer tudo que ainda somos
toda certeza que supomos
mas a vida lá fora
tá chamando agora
e não demora!
quem dá mais?
na falta que a falta faz

Outra vez, meus olhos devem me denunciar
como não reparo no que me atrasa?

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Half love

Uma frase de Cecília, famosa: "...não quero amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão..." me intriga muito sempre que a leio.
Na verdade, ela tem falado muito sobre o meu momento. Já faz algum tempo (8 meses pra ser mais exata) que só me deparo com amores pela metade, uma espécie de half-love.
Queria que me apresentassem uma pessoa,uma sequer que é feliz assim, sem ter a totalidade do outro ser em si. Quem tá satisfeito com metade das férias?Quem gostaria de ter um pai que estivesse presente em apenas alguns momentos de sua vida?
Não consigo imaginar o amor divido, repartido, fragmentado. Quando há o amor é como se ele estivesse em tudo, em cada parte de nossas vidas, em cada fala, gesto,pensamento...ele fica em nós e no outro como um bom perfume francês, chega até a passar com um simples abraço e fica em nós até o outro dia de manhã quando acordamos.
O que define a duração do amor é o tempo em que duas pessoas estão dispostas. Isso. E mais do que disposição: amar é uma escolha [ e isso aprendi quando tinha apenas 15 ou 16 anos!]
Se pudesse voltar atrás, faria tudo diferente. Teria permanecido com a minha primeira decisão de amar. Fiz diferente na segunda decisão. Decidi, amei, não tive dúvidas e fui fiel até o fim...até o dia em que não mais decidiram por mim. [com mãos atadas, a minha única escolha foi aceitar]
Não consigo viver de mentiras. Quem conhece, sabe. Transparência acima de qualquer coisa. Sinto, falo, ajo, escolho, decido. E de que adianta decidir querer amar sem antes ser amada? [Nada, né?]
Parece que tudo é em vão. Sei, ouço, sinto, suspiro, desejo, acredito, decido. Por quem? Há alguém aí? [Ainda não. Tudo tem sido em vão]
Pensamentos soltos, mente inquieta, coração apertado demais. Hoje, ainda não entendo o porquê. A ferida ainda aberta está. Estou sempre em busca de analgésicos que poderiam amenizar a dor, quem sabe até curar. O analgésico se foi. [Tudo em vão novamente] e com ele, a esperança de um dia voltar a ter o ‘riso-tão-feliz-contigo’.

[céu nublado, com tendência de fortes chuvas]