quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Half love

Uma frase de Cecília, famosa: "...não quero amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão..." me intriga muito sempre que a leio.
Na verdade, ela tem falado muito sobre o meu momento. Já faz algum tempo (8 meses pra ser mais exata) que só me deparo com amores pela metade, uma espécie de half-love.
Queria que me apresentassem uma pessoa,uma sequer que é feliz assim, sem ter a totalidade do outro ser em si. Quem tá satisfeito com metade das férias?Quem gostaria de ter um pai que estivesse presente em apenas alguns momentos de sua vida?
Não consigo imaginar o amor divido, repartido, fragmentado. Quando há o amor é como se ele estivesse em tudo, em cada parte de nossas vidas, em cada fala, gesto,pensamento...ele fica em nós e no outro como um bom perfume francês, chega até a passar com um simples abraço e fica em nós até o outro dia de manhã quando acordamos.
O que define a duração do amor é o tempo em que duas pessoas estão dispostas. Isso. E mais do que disposição: amar é uma escolha [ e isso aprendi quando tinha apenas 15 ou 16 anos!]
Se pudesse voltar atrás, faria tudo diferente. Teria permanecido com a minha primeira decisão de amar. Fiz diferente na segunda decisão. Decidi, amei, não tive dúvidas e fui fiel até o fim...até o dia em que não mais decidiram por mim. [com mãos atadas, a minha única escolha foi aceitar]
Não consigo viver de mentiras. Quem conhece, sabe. Transparência acima de qualquer coisa. Sinto, falo, ajo, escolho, decido. E de que adianta decidir querer amar sem antes ser amada? [Nada, né?]
Parece que tudo é em vão. Sei, ouço, sinto, suspiro, desejo, acredito, decido. Por quem? Há alguém aí? [Ainda não. Tudo tem sido em vão]
Pensamentos soltos, mente inquieta, coração apertado demais. Hoje, ainda não entendo o porquê. A ferida ainda aberta está. Estou sempre em busca de analgésicos que poderiam amenizar a dor, quem sabe até curar. O analgésico se foi. [Tudo em vão novamente] e com ele, a esperança de um dia voltar a ter o ‘riso-tão-feliz-contigo’.

[céu nublado, com tendência de fortes chuvas]

3 comentários:

  1. "Eu respito tentando encher os pulmões de vida.
    Mas ainda é difícil deixar qualquer luz entrar..."

    ResponderExcluir
  2. profundo Lets, mas so o tempo p nos mostrar q nada é em vão...

    ResponderExcluir