domingo, 29 de março de 2009
domingo, 22 de março de 2009
quarta-feira, 18 de março de 2009
A camisinha se tornou uma nova ética
Por Reinaldo de Azevedo
Mais do que o famoso e feliz encontro do espermatozóide com o óvulo, o que, de fato, engravida adolescentes (ou passa adiante uma DST) são os valores. Sim, isso mesmo. As ricas aqui de Higienópolis e as pobrezinhas de Cabrobó do Mato Dentro sabem como se faz neném, garanto. Podem não dominar toda a teoria do ciclo reprodutivo, mas não ignoram que “aquilo naquilo” pode levar à gravidez, deixa de barriga, de “bobó”. Ainda não se inventou um método contraceptivo melhor do que não fazer sexo — ou fazê-lo solitariamente, se é que me entendem. É o sexo solidário que faz neném, hehe.
Todos os apelos das campanhas públicas brasileiras incentivam o sexo irresponsável, em vez de desestimulá-lo. A AIDS, por exemplo, está em expansão entre adolescentes. Qual é a resposta do governo federal? Vai colocar máquinas de camisinha — isso mesmo — em cem escolas no ano que vem, em caráter experimental. Não é preciso ser adivinho ou fazer pesquisa para se concluir que se vai criar a demanda por sexo mesmo entre aqueles que não se julgariam prontos para tanto não fosse o apelo.A primeira escolha no que diz respeito ao sexo — como no que diz respeito a qualquer outro assunto da vida privada — é moral: "Devo ou não devo fazer?" Ou, no caso, "transo ou não transo?".
A camisinha é só uma das circunstâncias. Enquanto as campanhas públicas ignorarem esta evidência, o país continuará a enxugar gelo, com suas crianças doentes, com suas crianças “de barriga”.Eu, um reacionárioMas vocês sabem: isso que digo parece insuportavelmente moralista. Afinal, sou um católico reacionário... Imaginem: devo ser do tipo que acredita que a castidade não é uma doença. Progressistas são as campanhas que temos aí, com os efeitos que temos visto...Arremato observando que, ademais, as campanhas públicas que incentivam o sexo são também discriminatórias, reacionárias e contra o pobre.
Explico-me: os adolescentes de famílias abastadas acabam corrigindo com o interesse puramente econômico o que eventualmente não conseguem corrigir pela moral. A exemplo dos adolescentes pobres, também eles estão expostos à campanha “faça sexo e use camisinha”. Mas têm mais clareza de que uma gravidez precoce pode abreviar a boa vida, criar dificuldades para manter os padrões de competição de seu grupo social, dificultar a ascensão etc. O pobre já está mais ou menos lascado mesmo, não é? Se perde a chance da escolha moral, não lhe resta muito além disso.As campanhas estão erradas.
E, no entanto, quem apanha dos “sexólatras” é quem faz a coisa certa — como é o caso da Igreja Católica. Aguardem: o Carnaval já está chegando (não dá pra evitar). E veremos, como de hábito, na propaganda da TV, pessoas que mal se conhecem se atracando, tentadas e vencidas pelo “tesão”... Tudo bem. Afinal, elas usam “camisinha”. Com camisinha, pode tudo.A camisinha se tornou uma nova ética.
terça-feira, 17 de março de 2009
Projeto Jeito Jovem
No último sábado, 14, os jovens da Primeira Igreja Batista de São Luís foram em Recanto Verde desenvolver algumas atividades sociais e evangelísticas voltadas para todas as pessoas daquela comunidade. Muitas crianças e adultos participaram conosco de um dia muito agradável. Realizamos oficinas de teatro, dança, aplicamos flúor, cortamos cabelo, fizemos um brechó, contamos com uma assessoria jurídica e ainda aferimos pressão das pessoas que estiveram ali conosco. Cada momento, um aprendizado ^^ Foi muito,muito gratificante... A todos que colaboraram: NOSSO MUITO OBRIGADA! =) e que venham os próximos ^^
Crianças ^^
sexta-feira, 13 de março de 2009
Minhas águas de março
(Tom Jobim)
É pau, é pedra, é o fim do caminhoÉ um resto de toco, é um pouco sozinhoÉ um caco de vidro, é a vida, é o solÉ a noite, é a morte, é um laço, é o anzolÉ peroba no campo, é o nó da madeiraCaingá candeia, é o matita-pereiraÉ madeira de vento, tombo da ribanceiraÉ o mistério profundo, é o queira ou não queiraÉ o vento ventando, é o fim da ladeiraÉ a viga, é o vão, festa da cumeeiraÉ a chuva chovendo, é conversa ribeiraDas águas de março, é o fim da canseiraÉ o pé, é o chão, é a marcha estradeiraPassarinho na mão, pedra de atiradeiraÉ uma ave no céu, é uma ave no chãoÉ um regato, é uma fonte, é um pedaço de pãoÉ o fundo do poço, é o fim do caminhoNo rosto um desgosto, é um pouco sozinhoÉ um estepe, é um prego, é uma conta, é um contoÉ um pingo pingando, é uma conta, é um pontoÉ um peixe, é um gesto, é uma prata brilhandoÉ a luz da manha, é o tijolo chegandoÉ a lenha, é o dia, é o fim da picadaÉ a garrafa de cana, o estilhaço na estradaÉ o projeto da casa, é o corpo na camaÉ o carro enguiçado, é a lama, é a lamaÉ um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rãÉ um resto de mato na luz da manhãSão as águas de março fechando o verãoÉ a promessa de vida no teu coraçãoÉ uma cobra, é um pau, é João, é JoséÉ um espinho na mão, é um corte no péSão as águas de março fechando o verãoÉ a promessa de vida no teu coraçãoÉ pau, é pedra, é o fim do caminho...
É pau, é pedra, é o fim do caminhoÉ um resto de toco, é um pouco sozinhoÉ um caco de vidro, é a vida, é o solÉ a noite, é a morte, é um laço, é o anzolÉ peroba no campo, é o nó da madeiraCaingá candeia, é o matita-pereiraÉ madeira de vento, tombo da ribanceiraÉ o mistério profundo, é o queira ou não queiraÉ o vento ventando, é o fim da ladeiraÉ a viga, é o vão, festa da cumeeiraÉ a chuva chovendo, é conversa ribeiraDas águas de março, é o fim da canseiraÉ o pé, é o chão, é a marcha estradeiraPassarinho na mão, pedra de atiradeiraÉ uma ave no céu, é uma ave no chãoÉ um regato, é uma fonte, é um pedaço de pãoÉ o fundo do poço, é o fim do caminhoNo rosto um desgosto, é um pouco sozinhoÉ um estepe, é um prego, é uma conta, é um contoÉ um pingo pingando, é uma conta, é um pontoÉ um peixe, é um gesto, é uma prata brilhandoÉ a luz da manha, é o tijolo chegandoÉ a lenha, é o dia, é o fim da picadaÉ a garrafa de cana, o estilhaço na estradaÉ o projeto da casa, é o corpo na camaÉ o carro enguiçado, é a lama, é a lamaÉ um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rãÉ um resto de mato na luz da manhãSão as águas de março fechando o verãoÉ a promessa de vida no teu coraçãoÉ uma cobra, é um pau, é João, é JoséÉ um espinho na mão, é um corte no péSão as águas de março fechando o verãoÉ a promessa de vida no teu coraçãoÉ pau, é pedra, é o fim do caminho...
quinta-feira, 12 de março de 2009
Nem dez mil vezes se fosse preciso
Se há algo que me entristece é ouvir alguns brasileiros dizendo que votariam “dez mil vezes em lula se fosse preciso”. Eu não votei em Lula e nem votaria dez mil vezes se fosse preciso. O lulismo se enraizou em nossa sociedade, infelizmente.
Lula é na verdade o retrato do Brasil: povo que mente, engana e ainda consegue ter um bom papo a ponto de ludibriar os que estão por perto. Lula ainda faz proezas: ele não precisa nem estar tão perto das pessoas para tê-las na palminha de sua mão, isso mesmo, aquela que não tem o dedo mindinho.
Hoje foi noticiado em todo o país que uma ação movida pelo PT contra o governo FHC, há dez anos, não passou de uma farsa. Exatamente. Em 1998, um grupo de petistas liderados por Mercadante e Ricardo Berzoini acusou o governo FHC de ter privilegiado o Banco Opportunity durante o leilão de venda da Telebrás. A decisão judicial?Veio dez anos depois e absolveu todos os que supostamente “beneficiaram algumas empresas em detrimento de outras.”
O juiz que sentenciou o caso afirmou que não houve, na verdade, nenhuma interferência no sentido de favorecer algumas empresas. Ele declarou ainda que, o que se esperava do governo Lula, no governo Lula, era uma investigação a fundo dessas denúncias- já que foi o próprio PT que liderou todas as acusações.
O governo apurou?Não. O interesse do PT na época era apenas dificultar o processo de privatização da Telebrás, que como muito bem descreveu Reinaldo Azevedo, fez do Brasil um verdadeiro “Sudão telefônico”.
Sobre o caso, Azevedo conclui: “A ação dos agentes da privatização (...) era um negócio feito de acordo com as leis. Com o petismo é diferente: as leis são feitas de acordo com o negócio.”
E é nas mãos desse petismo-lulismo-sem-vergonhismo que está o Brasil.
Lula é na verdade o retrato do Brasil: povo que mente, engana e ainda consegue ter um bom papo a ponto de ludibriar os que estão por perto. Lula ainda faz proezas: ele não precisa nem estar tão perto das pessoas para tê-las na palminha de sua mão, isso mesmo, aquela que não tem o dedo mindinho.
Hoje foi noticiado em todo o país que uma ação movida pelo PT contra o governo FHC, há dez anos, não passou de uma farsa. Exatamente. Em 1998, um grupo de petistas liderados por Mercadante e Ricardo Berzoini acusou o governo FHC de ter privilegiado o Banco Opportunity durante o leilão de venda da Telebrás. A decisão judicial?Veio dez anos depois e absolveu todos os que supostamente “beneficiaram algumas empresas em detrimento de outras.”
O juiz que sentenciou o caso afirmou que não houve, na verdade, nenhuma interferência no sentido de favorecer algumas empresas. Ele declarou ainda que, o que se esperava do governo Lula, no governo Lula, era uma investigação a fundo dessas denúncias- já que foi o próprio PT que liderou todas as acusações.
O governo apurou?Não. O interesse do PT na época era apenas dificultar o processo de privatização da Telebrás, que como muito bem descreveu Reinaldo Azevedo, fez do Brasil um verdadeiro “Sudão telefônico”.
Sobre o caso, Azevedo conclui: “A ação dos agentes da privatização (...) era um negócio feito de acordo com as leis. Com o petismo é diferente: as leis são feitas de acordo com o negócio.”
E é nas mãos desse petismo-lulismo-sem-vergonhismo que está o Brasil.
quarta-feira, 11 de março de 2009
Ufa!
92 provas corrigidas+trabalho de economia valendo 10,0=cabeça que dói até agora.
Alguma coisa tinha que amenizar este dia:
um retrato do que salvou minha noite
=)
[ressalva importante: fui apenas um pretexto. Ela só queria que chegasse logo a hora de buscar o sr. Amadeu Barroso- ela não soube,mas me livrou de um dia que seria por completo entediante!]
terça-feira, 10 de março de 2009
"It's written!"
Logo na estreia,dia 6, pude assistir "Quem quer ser um milionário?", filme que levou para casa o maior número de prêmios no último Oscar.
Pra mim, o prêmio merecido foi o de melhor trilha sonora: ela é envolvente e repleta de ação/emoção.
A realidade indiana e os contrastes daquele povo é algo bem marcante e real na produção cinematográfica. Além disso, a história de um amor predestinado, traçado e entrelaçado à vida de um sofrido garoto é a grande sacada do filme.
É em meio a dor de uma vida destinada ao fracasso e em meio ao sofrimento de desencontros amorosos, que o protagonista Jamil luta para "ser visto" e percebido por Latika-ela sim, representa a grande sorte do indiano e a sua mais valiosa fortuna.
A última frase do filme: It's written! revela o caráter imutável das coisas que estão escritas- não importa o que aconteça, ou as medidas tomadas de maneira arbitrária, o escrito é o escrito e ponto.
Isabela Boscov comenta:
Coisas que eu não sei
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