sexta-feira, 13 de março de 2009

Minhas águas de março

(Tom Jobim)
É pau, é pedra, é o fim do caminhoÉ um resto de toco, é um pouco sozinhoÉ um caco de vidro, é a vida, é o solÉ a noite, é a morte, é um laço, é o anzolÉ peroba no campo, é o nó da madeiraCaingá candeia, é o matita-pereiraÉ madeira de vento, tombo da ribanceiraÉ o mistério profundo, é o queira ou não queiraÉ o vento ventando, é o fim da ladeiraÉ a viga, é o vão, festa da cumeeiraÉ a chuva chovendo, é conversa ribeiraDas águas de março, é o fim da canseiraÉ o pé, é o chão, é a marcha estradeiraPassarinho na mão, pedra de atiradeiraÉ uma ave no céu, é uma ave no chãoÉ um regato, é uma fonte, é um pedaço de pãoÉ o fundo do poço, é o fim do caminhoNo rosto um desgosto, é um pouco sozinhoÉ um estepe, é um prego, é uma conta, é um contoÉ um pingo pingando, é uma conta, é um pontoÉ um peixe, é um gesto, é uma prata brilhandoÉ a luz da manha, é o tijolo chegandoÉ a lenha, é o dia, é o fim da picadaÉ a garrafa de cana, o estilhaço na estradaÉ o projeto da casa, é o corpo na camaÉ o carro enguiçado, é a lama, é a lamaÉ um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rãÉ um resto de mato na luz da manhãSão as águas de março fechando o verãoÉ a promessa de vida no teu coraçãoÉ uma cobra, é um pau, é João, é JoséÉ um espinho na mão, é um corte no péSão as águas de março fechando o verãoÉ a promessa de vida no teu coraçãoÉ pau, é pedra, é o fim do caminho...

quinta-feira, 12 de março de 2009

Nem dez mil vezes se fosse preciso

Se há algo que me entristece é ouvir alguns brasileiros dizendo que votariam “dez mil vezes em lula se fosse preciso”. Eu não votei em Lula e nem votaria dez mil vezes se fosse preciso. O lulismo se enraizou em nossa sociedade, infelizmente.
Lula é na verdade o retrato do Brasil: povo que mente, engana e ainda consegue ter um bom papo a ponto de ludibriar os que estão por perto. Lula ainda faz proezas: ele não precisa nem estar tão perto das pessoas para tê-las na palminha de sua mão, isso mesmo, aquela que não tem o dedo mindinho.
Hoje foi noticiado em todo o país que uma ação movida pelo PT contra o governo FHC, há dez anos, não passou de uma farsa. Exatamente. Em 1998, um grupo de petistas liderados por Mercadante e Ricardo Berzoini acusou o governo FHC de ter privilegiado o Banco Opportunity durante o leilão de venda da Telebrás. A decisão judicial?Veio dez anos depois e absolveu todos os que supostamente “beneficiaram algumas empresas em detrimento de outras.”
O juiz que sentenciou o caso afirmou que não houve, na verdade, nenhuma interferência no sentido de favorecer algumas empresas. Ele declarou ainda que, o que se esperava do governo Lula, no governo Lula, era uma investigação a fundo dessas denúncias- já que foi o próprio PT que liderou todas as acusações.
O governo apurou?Não. O interesse do PT na época era apenas dificultar o processo de privatização da Telebrás, que como muito bem descreveu Reinaldo Azevedo, fez do Brasil um verdadeiro “Sudão telefônico”.
Sobre o caso, Azevedo conclui: “A ação dos agentes da privatização (...) era um negócio feito de acordo com as leis. Com o petismo é diferente: as leis são feitas de acordo com o negócio.”
E é nas mãos desse petismo-lulismo-sem-vergonhismo que está o Brasil.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Ufa!


92 provas corrigidas+trabalho de economia valendo 10,0=cabeça que dói até agora.




Alguma coisa tinha que amenizar este dia:




um retrato do que salvou minha noite

=)



[ressalva importante: fui apenas um pretexto. Ela só queria que chegasse logo a hora de buscar o sr. Amadeu Barroso- ela não soube,mas me livrou de um dia que seria por completo entediante!]

terça-feira, 10 de março de 2009

"It's written!"


Logo na estreia,dia 6, pude assistir "Quem quer ser um milionário?", filme que levou para casa o maior número de prêmios no último Oscar.

Pra mim, o prêmio merecido foi o de melhor trilha sonora: ela é envolvente e repleta de ação/emoção.

A realidade indiana e os contrastes daquele povo é algo bem marcante e real na produção cinematográfica. Além disso, a história de um amor predestinado, traçado e entrelaçado à vida de um sofrido garoto é a grande sacada do filme.

É em meio a dor de uma vida destinada ao fracasso e em meio ao sofrimento de desencontros amorosos, que o protagonista Jamil luta para "ser visto" e percebido por Latika-ela sim, representa a grande sorte do indiano e a sua mais valiosa fortuna.

A última frase do filme: It's written! revela o caráter imutável das coisas que estão escritas- não importa o que aconteça, ou as medidas tomadas de maneira arbitrária, o escrito é o escrito e ponto.


Isabela Boscov comenta:


Dias felizes?



...nãosãotãorarosassim



[aos meus pequenos grandes alunos: OBRIGADA!]

Coisas que eu não sei


O medo mora perto da ideias loucas?

As noites ficam claras no raiar do dia?


Corto os meu dobrados,

acerto os meus pecados?


Meu mundo tá fechado pra visitação?


Coisas que eu sei?

São coisas que antes somente eu não sabia



[Não vou trocar de roupa. É minha lei.]